quarta-feira, 23 de junho de 2010

Arte na escola


A Secretaria Municipal de Educação de Poá mantém um Convênio com o Instituto Arte na Escola.
O Instituto é representado, na zona leste de São Paulo; pelo Pólo UNICSUL cuja responsável é a Professora Mestre Solange Utuari e a Professora Dra. Rosemary Aparecida Santiago.
O objetivo do Convênio consiste na implantação e prestação de assessoria por parte do Pólo Arte na Escola; bem como o empréstimo de materiais diversos: vídeos, livros, pasta Arte BR etc.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Bienal de arte 2010


“Há sempre um copo de mar para o homem navegar"- verso do poeta Jorge de Lima


A 29ª Bienal de São Paulo está ancorada na ideia que é impossível separar a arte da política, pondo seus visitantes em contato com maneiras de pensar e habitar o mundo que questionam os consensos que o organizam. A trama da exposição se tece por intermédio de trabalhos que compartilham aspectos do que a curadoria chama política da arte e de seis espaços de convívio e da reflexão- chamados de terreiros – que abrigarão discussões e atividades variadas. Esses terreiros são nomeados por questões específicas que orientam a mostra e enfatizam a presença profunda e diversa da arte na vida.
Acreditando na importância da arte e na sua função transformadora perante a formação crítica dos alunos, a Secretaria de Educação de Poá, por meio do departamento NUDE, irá propor ações que visem à reflexão e a aproximação dos professores de Arte da rede aos conceitos abordados na 29ª Bienal de São Paulo. Essas ações serão divididas em três momentos: Formação, Apreciação e Mediação.

1º momento
Formação
O convite para navegar na poética dos artistas da 29ª Bienal irá permear as atividades de formação que serão oferecidas aos professores de Arte da rede. Abordando aspectos sobre a produção artística contemporânea e a apresentação dos conceitos e artistas que compõem a 29ª Bienal, bem como o projeto educativo visando à sensibilização dos alunos em relação à arte contemporânea. Buscando assim estabelecer a reflexão dos professores de modo que se tornem provocadores de questões, relacionando a arte, a estética e a construção de sentidos em sua prática educativa.

2º momento
Apreciação
“Se o mar é a origem da navegação, sua essência é a orientação”. Mas em síntese o que é orientação? Como nos orientarmos? Alguns seres vivos por meio da evolução de sua espécie encontraram um excelente sistema de orientação por meio do eco. Ao ouvirem os sons produzidos por eles mesmos retornarem em forma de eco, sabem que caminho seguir. Acredita-se que o ser humano por meio de seu poder de abstração também possa se orientar ouvindo os ecos de suas próprias experiências bem como das experiências alheias.
Esse momento propiciará aos professores a vivência estética da mostra aproximando-os ainda mais das poéticas dos artistas participantes da 29ª Bienal.

3º momento

Mediação
“Há sempre um copo de mar para o homem navegar"- verso do poeta Jorge de Lima tomado emprestado de sua obra maior, Invenção de Orfeu, 1952-, sintetiza o que se busca com a próxima edição da Bienal de São Paulo: afirmar que a dimensão utópica de arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela. É nesse “copo de mar”- que por meio da mediação de nossos professores em cada uma de suas aulas os alunos sejam tentados a mergulhar e ainda mais superem a fase de tentação: MERGULHEM!!!!
O público alvo da visita à 29ª Bienal serão os alunos de 3ª série do ensino básico da Rede Municipal de ensino de Poá.

Flor vermelha


"Era uma vez um menino bem pequenino que foi para a escola pela primeira vez. A escola era bem grande e isso deixava-o um pouco inseguro. Uma manhã a sua professora disse: - Hoje vamos fazer um desenho. O menino gostava muito de desenhar e podia fazer todo o tipo de desenhos, leões, tigres, galinhas e vacas, comboios e barcos. Pegou então a sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse: - Esperem! Não comecem ainda. E o menino esperou até que todos estivessem preparados. - Agora, disse a professora, vamos desenhar flores. Que bom, pensou o menino, pois gostava muito de desenhar flores. Mas a professora disse: - Esperem. Vou mostrar como se faz. A flor era vermelha com caule verde. - Agora sim, disse a professora, podem começar. O menino olhou para a flor da professora e para a sua. Para ele a sua era mais bonita do que a da professora. No entanto não disse nada, simplesmente guardou o seu papel e fez uma flor como a da professora: vermelha com caule verde. No outro dia a professora disse: - Hoje vamos trabalhar com o barro. Que bom, pensou o menino, pois podia fazer todo o tipo de coisas com o barro: serpentes, bonecos de neve, elefantes, carros e caminhões. Começou a apertar e a amassar a bola de barro. Mas a professora disse: - Esperem não está na hora de começar! E ele esperou até que todos estivessem preparados. – Agora, disse a professora, vamos fazer serpentes. Que bom pensou o menino, pois gostava muito de fazer serpentes e começou a fazer serpentes de diferentes tamanhos e formas. Mas a professora disse: - Esperem, vou mostrar-vos como se faz uma serpente bem larga. Agora podem começar. O menino olhou para a serpente da professora e para a sua e ele gostava mais da sua, no entanto não disse nada, simplesmente amassou o barro numa grande bola, e fez uma grande serpente como a da professora. Assim o menino aprendeu a esperar, a observar e a fazer as coisas como a sua professora.Sucedeu que o menino e a sua família tiveram que se mudar para outra cidade, e o menino teve que frequentar outra escola. Essa escola era muito maior que a primeira. Justamente no primeiro dia em que foi à escola a professora disse: - Hoje vamos fazer um desenho. Que bom, pensou o menino, e esperou que a professora desse as instruções. Mas ela não disse nada, apenas circulava pela sala. Quando se aproximou do menino disse: - Então não gosta de desenhar? - Sim, disse o menino, – mas o que vamos fazer? – Não sei, disse a professora, até que você o faça. - E como o farei? Perguntou o menino. - Da maneira que quiseres, disse a professora. - De qualquer cor? Perguntou ele. - De qualquer cor, disse a professora, se todos usassem as mesmas cores e fizessem os mesmos desenhos como saberia qual é o seu? - Eu não sei, disse o menino, e começou a fazer uma flor vermelha de caule verde".

VISITANTES